sábado, 2 de julho de 2011

JÁ OUVIU FALAR NA SÍNDROME DA MÃO ALHEIA? É MUITO ESTRANHO E SÉRIO! VEJA.

ESSA REPORTAGEM PASSARÁ NO DOMINGO ESPETACULAR NA RECORD, ASSISTAM!


Imagine sua mão sem controle ? Com vontade própria, que te agride, tira sua roupa, agride outras pessoas, faz o que quiser sem vc poder controlar ?

Essa doença é rara, mas existe mesmo, a história dela consegue dar medo e ser até engraçada em certo ponto.
A Síndrome da mão alheia foi tema de um filme de comédia/terror chamado "A Mão Assassina" (um dos primeiros da atriz Jéssica Alba.
A doença rara é real, e apareceu um caso que saiu nos jornais esses dias, veja a notícia:
Imagine ser atacado por uma de suas próprias mãos, que tenta repetidamente estapear e socar você. Ou então entrar em uma loja e tentar virar à direita e perceber que uma de suas pernas decide que quer ir para a esquerda, fazendo-o andar em círculos.

LUTA DE PODER

O problema de Byrne foi provocado por uma luta por poder dentro de sua cabeça.
Um cérebro normal é formado por dois hemisférios que se comunicam entre si por meio do corpo caloso.
O hemisfério esquerdo, que controla o braço e a perna direitos, tende a ser onde residem as habilidades linguísticas.
O hemisfério direito, que controla o braço e a perna esquerdos, é mais responsável pela localização espacial e pelo reconhecimento de padrões.
Normalmente o hemisfério esquerdo, mais analítico, domina e tem a palavra final nas ações que desempenhamos.
A descoberta do domínio hemisférico tem sua raiz nos anos 1940, quando os cirurgiões decidiram começar a tratar a epilepsia com o corte do corpo caloso.
Isso porque esses pacientes revelariam, com o tempo, algo que parece incrível - que as duas metades do nosso cérebro têm cada um uma espécie de consciência separada. Cada hemisfério é capaz de ter sua própria vontade independente.

O homem que fez muitas das experiências que primeiro provaram essa tese foi o neurobiólogo Roger Sperry.
Em um estudo particularmente notável, que ele filmou, é possível ver um dos pacientes com o cérebro dividido tentando resolver um quebra-cabeças.
O quebra-cabeças exigia o rearranjo de blocos para que eles correspondessem a padrões em uma imagem.
Primeiro o homem tentou resolver o quebra-cabeças com sua mão esquerda (controlada pelo hemisfério direito), com bastante sucesso.
Então Sperry pediu ao paciente que usasse sua mão direita (controlada pelo hemisfério esquerdo). Essa mão claramente não tinha nenhuma ideia de como fazê-lo.
A mão esquerda então tentou ajudar, mas a mão direita parecia não querer ajuda, então elas terminaram brigando como se fossem duas crianças.
Experiências como essa levaram Sperry a concluir que "cada hemisfério é um sistema de consciência isolado, percebendo, pensando, lembrando, raciocinando, querendo e se emocionando".
Em 1981 Sperry recebeu um prêmio Nobel por seu trabalho. Mas em uma ironia cruel do destino, ele então já sofria com uma doença degenerativa do cérebro, chamada kuru, provavelmente contraída em seus primeiros anos de pesquisas com cérebros.




Síndrome da mão alheia
(síndrome da mão estranha, síndrome do Dr. Strangelove) é um efeito colateral à um problema neurológico onde a pessoa não tem domínio sobre uma das mãos. Foi relatada pela primeira vez por conta de acontecimentos posteriores à cirurgia que visava a minimizar os efeitos de ataques epilépticos. Os hemisférios cerebrais atuando separadamente, com as respostas motoras e os inputs também separados.
Este estranho mal faz com que a vítima perca o controle de uma de suas mãos, onde parece que o membro cria vida própria e pode chegar a fazer qualquer coisa, desde gesticular a desabotoar os botões que a outra mão tenta abotoar. Ela também é conhecida como síndrome da mão anárquica, por sua tendência a fazer sempre o contrário o que a outra mão faz, ou também chamada Síndrome do Dr. Strangelove, devido ao personagem de Peter Sellers no filme homônimo. Ali a mão mecânica do protagonista alternava entre tentativas de estrangular-se ao mesmo tempo fazer saudações nazistas.

A mão doida é capaz de ações complexas, como abrir zíperes… Os efeitos da falta de controle sobre a mão podem ser reduzidos dando a ela uma tarefa qualquer, como segurar um objeto.


A história de Karen Byrne, de 55 anos, foi contada no programa da série da BBC "The Brain", que foi ao ar na última quinta-feira. Aos 27 anos, a britânica foi submetida a uma operação que visava controlar a epilepsia de que sofria desde os 10 anos.

A cirurgia em causa implicou a remoção de um pequeno pedaço do cérebro de Karen, no qual se originariam os sinais elétrico anómalos. No seu caso, o cirurgião cortou o corpo caloso, através do qual é feita a transferência de informação entre os dois hemisférios.

Se, por um lado, a cirurgia curou, de facto, a epilepsia de Karen, deixou-a com um novo problema, detetado numa consulta: Enquanto falava com o médico, ia desabotoando a camisa. Interpelada pelo clínico, apressou-se a abotoar a camisa com a mãeo direita, mas, mal terminou, a mão esquerda recomeçou o processo inverso.

A mão esquerda fora do seu controle, na sequência da operação, fez ainda, relatou Karen no programa da BBC, com que perdesse várias coisas: "Ela [a mão esquerda] tirava coisas da minha mala, sem que eu me apercebesse."
Da aparente vontade própria da mão resultaram ainda agressões, que chegaram a deixá-la com o rosto inchado.

5 comentários:

  1. Nossa, nunca tinha ouvido falar. Obgda. Sempre bom saber né? Bjs

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  2. "Existem mais mistérios entre o céu e a terra do que possa imaginar nossa vâ filosofia"..........não tem como negar.

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  3. Vi um trecho dessa reportagem domingo anterior no fantástico. Achei impressionante. De fato, nosso cérebro é capaz das mais incríveis façanhas.
    Gostei do blog. Voltarei outras vezes.

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  4. Leile minha amiga, eu nunca tinha ouvido falar. Parabéns, seu blog traz muitas informações importantes e textos reflexivos. Um abraço forte!!!
    robertoalexandreblog.zip.net

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  5. Obrigada a todos pela participação! bjos

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