sexta-feira, 18 de novembro de 2011

EMÍLIA FERREIRO E OS NÍVEIS DA ESCRITA DA CRIANÇA

Os níveis estruturais da linguagem escrita podem explicar asdiferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos.

Segundo Emília Ferreiro são:

Nível Pré-Silábico- não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta nesse nível Diferenciar entre desenho e escrita. Utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras. Reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita.

Percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes.

Nível Silábico- pode ser dividido entre Silábico e Silábico Alfabético:

Silábico - a criança compreende que as diferenças narepresentação escrita está relacionada com o "som" das palavras, oque a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia paracada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usandoapenas consoantes ou vogais ou letras inventadas e repetindo-as deacordo com o número de sílabas das palavras.

Silábico-Alfabético - convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.

Nível Alfabético-a criança agora entende que: A sílaba não pode ser considerada uma unidade e pode ser separada em unidades menores.


A identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas.

A escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras.

No trabalho de Emília Ferreiro a escrita é um objeto de conhecimento,levando em consideração as tentativas individuais infantis, a interação, o aspecto social da escrita, onde a alfabetização é um processo discursivo. É importante refletir sobre a importância da alfabetização ser significativa e contextualizada para a criança.

Emília Ferreiro aplicou a teoria mais geral de Piaget na investigação dos processos de aprendizado da leitura e da escrita entre crianças na faixa de 4 a 6 anos.

Constatou que a criança aprende segundo sua própria lógica e segue essa lógica até mesmo quando ela se choca com a lógica do método de alfabetização. Em resumo, as crianças não aprendem do jeito que são ensinadas. A teoria de Emilia abriu aos educadores a base científica para a formulação de novas propostas pedagógicas de alfabetização sob medida para a lógica infantil.A pesquisadora constatou uma sequência lógica básica na faixa de 4 a 6 anos.

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