segunda-feira, 2 de maio de 2011

MORRE OSAMA BIN LADEN








Líder terrorista mais odiado pelo EUA, 17º filho de um milionário saudita, foi o grande aliado do país na expulsão da forças soviéticas do Afeganistão na década de 80 do século passado.


Desde então, Osama começou a financiar grupos islâmicos. Em 1993, seu nome esteve envolvido no primeiro atentado ao World Trade Center.

Em 98 ele promoveu dois atentados nas embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia. Em diversos momentos, ele falava em guerra santa e, em um vídeo, conta como arquitetou o atentado às torres gêmeas.

A caçada a Osama já custou mais de 50 mil vidas em uma guerra que dura há dez anos, no Afeganistão.


Uma investigação do "Independent on Sunday" conseguiu um acesso sem precedentes a um exaustivo "dossier" sobre a vida do homem mais procurado do mundo. Inclui material fornecido anonimamente por um parente de Bin Laden e por colegas sauditas dissidentes e traça uma imagem notável do instigador suspeito da carnificina da semana passada, contrariando a ideia geralmente aceite de que recebeu ajuda da CIA. Também sugere que, longe de dispor de uma fortuna superior a 300 mil milhões de dólares, uma afirmação feita regularmente pela Imprensa ocidental, a sua fortuna não ultrapassa alguns milhões de dólares.

Bin Laden sobreviveu a numerosas tentativas de assassínio e de rapto, atingindo um estatuto quase mítico entre os militantes muçulmanos que o apoiam. Eles não acreditam que o seu esconderijo nas montanhas possa ser violado e chamam a atenção para a incursão secreta planeada pelas forças especiais dos EUA em 1997 e que teve de ser abortada. Este e uma série de outros incidentes contribuíram para que Bin Laden seja visto pelos seus seguidores como um super-homem.

Filho de mãe síria e pai iemenita do sul
Nem sempre foi assim. Tal como outras personagens que se tornaram monstros, grande parte da sua vida foi relativamente isenta de cuidados e mundana. Osama, ou, de acordo com a ortografia do nome de família, Ussama, nasceu em 1957, sendo o sétimo de 54 filhos (um número inacreditável aos olhos ocidentais mas não no mundo muçulmano, onde é comum ter mais do que uma mulher). Ao todo, o pai teve 30 mulheres. A mãe era síria, o pai um iemenita do sul, Mohammed Awad, que emigrou para a Arábia Saudita por volta de 1930. Era pobre e trabalhou como porteiro em Jeddah. Quando morreu, em 1970, era proprietário da maior empresa de construção do reino saudita. Mohammed teve a sua grande oportunidade quando concorreu à construção de palácios para o Rei Saud a preços muito mais baixos do que os seus rivais. Tornou-se amigo da família real, especialmente de Faisal. Durante a luta pelo poder entre Saud e Faisal, na década de 60, conseguiu convencer Saud a abdicar a favor de Faisal.

Quando Saud deixou a governação, os cofres estavam vazios e Bin Laden pagou os ordenados dos funcionários públicos de todo o país durante seis meses. Esse apoio não deixou de ser recompensado: foi nomeado ministro das Obras Públicas e todos os projectos deviam ir para a empresa de Mohammed. De acordo com membros da família Bin Laden, o seu pai era um muçulmano devoto mas não fanático, apenas um praticante regular. Era também humilde, apesar da sua riqueza, mantendo a sua velha mala dos tempos de porteiro para se lembrar das origens. Bin Laden sénior tinha uma personalidade austera, exigindo que os filhos seguissem um regime diário especial que ele tinha estabelecido para eles. Desde tenra idade que se esperava que se comportassem com responsabilidade e educação. Diversos filhos, embora não Osama, foram educados em países árabes mais ocidentalizados como o Egipto e viajaram por todo o mundo.

O pai de Osama morreu quando este tinha 13 anos. Quatro anos depois casou com uma rapariga síria, que era também um membro afastado da família. Actualmente, tem quatro mulheres. Era religioso mas, tal como o pai, não demasiado. Na escola e na universidade inscreveu-se na Irmandade Muçulmana. Mais uma vez isto não foi nada de extraordinário: o seu interesse, como o de muitos outros da sua idade, era intelectual. Seguramente, dizem aqueles que o conheceram nessa idade, ele não era o fanático que é hoje.

2 comentários:

  1. A mim não cabe o julgamento.
    Deixo para quem de fato tem esse direito "Deus". A cada um segundo as suas obras. Cada um responderá pelos seus atos aqui na Terra.

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  2. Leile, eu não dou crédito as notícias passadas pela mídia. Os meios de comunicação de massa estão nas mãos da burguesia. Os EUA são mestres em escamotear a realidade dos fatos... Tô fora, Bin Laden não morreu! Vai continuar conspirando e aterrorizando o mundo com apoio dos malditos norte-americanos!!! Um abraço forte!!!

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