terça-feira, 18 de janeiro de 2011
VIOLÊNCIA CONTRA OS PROFESSORES - ONDE VAMOS PARAR?O QUE PODEMOS FAZER?
A violência contra professores cresceu mais de 40 por cento no ano passado. Insultos, agressões físicas e furtos são as situações de violência mais frequentes. Em 2003, o Ministério da Educação registou 2133 casos de ações contra pessoas.
A violência dos alunos é, muitas vezes, fruto de insucesso escolar e de um ambiente familiar problemático. No ano lectivo de 2002/2003, a PSP efectuou 371 detenções por crimes cometidos nas áreas escolares. Mais de cem detenções correspondem a ofensas à integridade física, 81 a crimes de furto e 57 a injúrias ou ameaças.
Em 2006, mais de 2,3 mil casos de violência contra professores foram registrados em SP. Uma pesquisa feita pela Associação de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) traz dados alarmantes sobre a violência dentro das salas de aula das escolas públicas de São Paulo. Concluído na semana passada, a pesquisa entrevistou 684 professores, dos quais 90% disseram que
já presenciaram ou foram vítimas de agressões em sala de aula.
Para o professor e presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro, a escola pública hoje é vítima de um contexto de violência social generalizado.
“Essa violência que nós verificamos na nossa sociedade, e que se deve principalmente às injustiças sociais, está entrando na nossa escola que deveria ser, na verdade, a instituição pra resolver esse problema, com tanto que a escola pública tivesse ensino de qualidade e não tem.”
Dados da Apeoesp mostram que os níveis de violência nas escolas em que há maior participação da comunidade são menores. Para Carlos, a solução para o problema não se dá apenas pela aplicação de medidas meramente punitivas, mas sim pela adoção de um novo projeto pedagógico que valorize o diálogo com a sociedade.
“Nós não vamos resolver esse problema simplesmente com medidas de segurança. A polícia é importante lá fora. Agora, dentro da escola, nós temos que ter as condições, a valorização do profissional, a infra-estrutura adequada e a participação constante da comunidade escolar para o ensino de qualidade e uma educação integral das nossas crianças e jovens.”
‘Violência contra o professor é a coisa mais comum que há em escolas. Todos têm uma história para contar’.
Segundo a pesquisa, mais de 50% dos professores afirmam haver casos de furtos nas escolas onde trabalham. Um em cada dez conhece casos de gangues e de traficantes atuando nas instituições. E 30% já viram algum tipo de arma nas mãos de seus alunos.
Adriana, 36, foi ameaçada por um aluno que fumava maconha dentro da sala e que afirmou conhecer sua casa. João mesmo tem as suas histórias: foi ameaçado de morte. Há um ano, quando alunos começaram a levar bebidas alcoólicas para a aula, ele resolveu chamar a atenção de um garoto. ‘Ele não gostou e quis crescer diante dos colegas me ameaçando. Ana, professora de português concursada há dez anos, conta ter tirado duas licenças, alegando motivos médicos, por conta de violência sofrida na escola.
O terror é tanto que nenhum quis ser identificado. Segundo Juçara Dutra Vieira, 54, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a lei do silêncio predomina entre profissionais que trabalham em escolas em áreas de tráfico de drogas.
REFLITA:
NÃO DÁ PARA FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS DIANTE DE TANTA VIOLÊNCIA, EDUCAÇÃO COMEÇA EM CASA, TEMOS QUE SABER QUE PARTE DESSA VIOLÊNCIA É GERADA PELA AUSÊNCIA DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS, PELA FALTA DE AMOR, CARINHO, DIÁLOGO E COM CERTEZA PELA FALTA DE DEUS NOS CORAÇÕES DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS.
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