sexta-feira, 4 de maio de 2012

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Desde que participou de um curso de capacitação de professores mediadores em educação ambiental, promovido pela Secretaria de Educação de Mato Grosso, em 2005, Sérgio Chaves não parou mais de idealizar ações. Em todas elas, o objetivo é estimular a preocupação com o meio ambiente entre alunos, professores e pessoas da comunidade. Professor de educação física da rede estadual de ensino em Cuiabá, Sérgio começou o trabalho ambiental na Escola Estadual Historiador Rubens de Mendonça, que tinha como maiores problemas o excesso de lixo e a depredação do patrimônio. “Após um ano de projeto efetivo, as depredações acabaram e passou a sobrar dinheiro para investimento, por exemplo, em equipamento de multimídia e ar condicionado”, diz. As iniciativas foram aumentando a cada ano. Ao constatar que o projeto era sério e dava visibilidade à escola, os demais professores passaram a se envolver e a ajudar nas atividades. A autoestima ficou visível na comunidade escolar. “Quando verificamos os resultados de um trabalho coletivo que dá certo, o moral fica elevado”, diz Sérgio. “E nos sentimos capazes de realizar.” Uma das primeiras atividades foi a coleta de garrafas plásticas e latas de alumínio. Bem-sucedida, a iniciativa passou a ser adotada também na Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto, onde Sérgio trabalha atualmente. O trabalho é organizado em forma de gincana, com dias e horas estipulados para a coleta. Os resultados obtidos são descritos em um quadro informativo, após a contagem do material, feita com a ajuda dos professores. As turmas que se destacam têm direito a participar de passeios ou aulas de campo. O material coletado é vendido pelos alunos. A verba acumulada é administrada por uma comissão de estudantes e gasta somente pelos alunos. “A escola não tem ingerência sobre o dinheiro”, explica o professor. Oficina — Outra atividade é a oficina de reaproveitamento. “Ao fazer artesanato com resíduos sólidos estamos diminuindo o lixo no meio ambiente, transformando-o em objetos úteis e artísticos, de forma criativa e divertida”, assegura Sérgio. Individualmente ou em pequenos grupos, os professores são incentivados a desenvolver oficina com os estudantes, que juntam antecipadamente o material a ser usado. Posteriormente, os trabalhos produzidos são expostos à comunidade e até mesmo comercializados. Um exemplo é a oficina de vassouras feitas com garrafas plásticas. Ela foi criada por dois professores da Escola Rubens de Mendonça a partir de informações obtidas na internet. Uma vassoura é feita com 17 garrafas plásticas cortadas em tiras, sem necessidade de máquinas ou equipamentos sofisticados. Após a colocação de um cabo, preso com arames e pregos, a vassoura está pronta. Ela é apreciada pelas mães dos alunos. “São muito úteis e resistentes”, salienta o professor. Sérgio também organiza palestras, conferências e campanhas educativas. No ano passado, para as comemorações do Dia da Árvore, em 21 de setembro, ele promoveu o plantio de ipês, espécies nativas da região, em todo o quarteirão que circunda a escola em que leciona. A atividade foi realizada em forma de mutirão, por professores e alunos, durante evento festivo, que teve a apresentação da fanfarra da unidade de ensino. Ainda para este ano, está prevista a criação da Comissão pelo Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), composta por alunos, professores, e funcionários da escola, além de representantes da comunidade. De acordo com o professor, embora cada pessoa tenha o próprio conceito ou visão sobre determinado assunto, as ações dentro e fora da escola devem ser unificadas, em benefício da sustentabilidade no planeta. “Consequentemente, teremos uma melhor qualidade de vida para nós e para os nossos descendentes.” Fátima Schenini

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