quinta-feira, 31 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
ENEM - LEIA
O Enem de 2012 virá com mudanças e mais rigor na correção da redação. A partir deste ano, o texto produzido pelos candidatos será corrigido por dois corretores de forma independente e haverá cinco itens de objetividade sendo avaliados. Caso haja diferença maior que 20% na nota final entre esses dois corretores, a redação será lida por um terceiro corretor.
E se, ainda assim, a discrepância persistir, ou seja, a diferença entre as três notas for superior a 200 pontos, a dissertação passará para uma banca examinadora de excelência, composta por três professores avaliadores e que darão então a nota final ao participante. No Enem de 2011, a discrepância entre as notas finais dos corretores podia ser maior, chegando a até 300 pontos, e havia dois corretores.
“Mudamos substancialmente o sistema de avaliação da redação para que haja maior objetividade e segurança aos estudantes. É uma avaliação com muito mais rigor para que tenhamos uma avaliação justa”, afirmou o ministro Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva à imprensa, nesta quinta-feira, 25, no auditório do edifício-sede do Ministério da Educação. Segundo ele, para aprimorar a correção da redação haverá um aumento de 40% no número de avaliadores.
Também é novidade na redação a divisão da nota em cinco itens de competência: domínio da língua portuguesa, compreensão do tema proposto, capacidade de selecionar e organizar ideias, demonstração de conhecimento sobre o tema e apresentação de solução para a proposta dissertativa.
Cada um dos corretores deverá atribuir nota de zero a 200 pontos para cada uma dessas competências. Havendo discrepância maior que 80 pontos em cada uma, o terceiro corretor avaliará e atribuirá notas segundo o mesmo critério.
Por exemplo, a nota do primeiro corretor é de 640 pontos e a do segundo, 480. A priori, a diferença é inferior a 200 pontos e a nota final da redação desse candidato seria a média aritmética das suas notas. Mas, se na competência 1 a nota de um corretor tiver sido 160 e o do outro, 40, a redação será encaminhada para o terceiro corretor. Se a nota dele, nessa competência, se aproximar da de um dos dois corretores anteriores – por exemplo, nota 120 –, não haverá necessidade da banca examinadora. A nota mais baixa na competência com dispersão será eliminada. A nota final da redação será a média aritmética das duas notas mais próximas.
Em julho, um guia será enviado aos candidatos inscritos no Enem 2012, com explicações sobre as novas regras de correção da redação. “Esse manual, que estará disponível no portal do MEC, trará exemplos concretos, com textos, do que será cobrado em cada competência. E também trará exemplos de redação de excelência”, disse o ministro Aloizio Mercadante. O estudante terá nota zero se o texto fugir do tema proposto, apresentar estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo ou tiver sete linhas ou menos.
Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, após a divulgação dos resultados das provas do Enem, todos os corretores passarão por um treinamento online sobre o texto específico da redação. E, conforme acordado com a Justiça, os estudantes poderão ter acesso à redação. “Estamos definindo como será essa operacionalização para ter segurança no processo”, adiantou o ministro.
Rovênia Amorim
terça-feira, 22 de maio de 2012
LEIA - PROUNI
As instituições particulares de educação superior interessadas em participar do processo seletivo do Programa Universidade para Todos (ProUni) para o segundo semestre de 2012 têm prazo até 12 de junho para firmar o termo de adesão. Aquelas que já participam do programa devem emitir termo aditivo, no mesmo prazo.
Criado em 2005, o ProUni, programa do Ministério da Educação, oferece bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior a estudantes egressos do ensino médio da rede pública. Também são atendidos os bolsistas integrais oriundos da rede particular. Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio (R$ 933). As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos (R$ 1.866) por pessoa.
Professores da rede pública de ensino básico também podem concorrer a bolsas em cursos de licenciatura, curso normal superior ou de pedagogia. Eles não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola na qual atuam. O programa já concedeu mais de 1 milhão de bolsas.
A emissão dos termos de adesão pelas instituições de ensino deve ser feita pela internet, no Sistema Informatizado do ProUni (SisProUni).
A Portaria Normativa do MEC nº 9, que define as regras para adesão ao programa, foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira, 18, seção 1, página 10.
Assessoria de Comunicação Social
quarta-feira, 16 de maio de 2012
OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Secretarias de educação de estados, municípios e Distrito Federal e escolas públicas da rede de educação básica têm prazo até o dia 25 próximo para fazer a inscrição na terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. O processo de inscrição tem duas etapas. A primeira, de adesão das secretarias; a segunda, das escolas.
A olimpíada é promovida pelo Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A proposta da competição é estimular a leitura e o desenvolvimento da escrita entre estudantes da educação básica pública, que vão desenvolver, em quatro gêneros, o tema O Lugar onde Vivo. Alunos do quinto e do sexto anos do ensino fundamental abordarão o tema na forma de poemas; do sétimo e oitavo, de memórias literárias; do nono ano do ensino fundamental e da primeira série do ensino médio, de crônicas; da segunda e da terceira séries do ensino médio, de artigos de opinião.
A olimpíada também proporciona capacitação a professores. Ao acompanhar seus alunos na competição, eles integram um processo de formação. As redes oferecem cursos e oficinas de revisão de conteúdos de língua portuguesa. “Um dia, estou na sala de aula, com meu aluno, lendo e produzindo textos; no outro, estou, como cursista, participando de uma formação presencial”, destaca a professora Joana D’Arc Gonçalves Silva, da Escola Dom Bosco, de Aliança, Pernambuco.
Prêmios — Dividida em etapas, a seleção dos trabalhos elaborados pelos estudantes começa na escola, passa por município, estado e região e chega ao âmbito nacional. A premiação compreende entrega de medalhas, obras literárias, microcomputadores e aparelhos de som portáteis, entre outros itens, a 20 estudantes e 20 professores. Nas fases intermediárias há prêmios também para alunos e docentes e para as escolas.
Na segunda edição, em 2010, a olimpíada teve a participação de aproximadamente 7 milhões de alunos e de 239,4 mil professores, representantes de 60,1 mil escolas públicas.
As inscrições para a terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro devem ser feitas pela internet, na página Comunidade Virtual.
Assessoria de Comunicação Social
sábado, 12 de maio de 2012
FESTA DIA DAS MÃES - ESCOLA
OS ALUNOS APRESENTARAM MÚSICAS E POESIAS PARA HOMENAGEAR SUAS MÃES.
A FESTA FOI MARAVILHOSA! PARABÉNS AS PROFESSORAS E A TODA EQUIPE ESCOLAR!
TEVE MENSAGENS,SORTEIOS DE PRESENTES E UM DELICIOSO LANCHE.
FELIZ DIA DAS MÃES! QUE DEUS ABENÇOE TODOS OS LARES.
terça-feira, 8 de maio de 2012
VEJA MAIS UM EXEMPLO DE ESCOLA PÚBLICA
Tão logo assumiu a direção da Escola Municipal Professora Ana Guedes Vieira, no município mineiro de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, Sandra Condé Corgozinho decidiu pôr em prática uma proposta pedagógica que privilegiasse os eixos temáticos mais emergentes na comunidade. Como a escola fica em uma área de preservação ambiental, na região de Vargem das Flores, um dos eixos escolhidos foi meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as iniciativas está a implantação dos grupos de estudo, socialização e planejamento (Gesp). Eles proporcionam espaço para o estudo de áreas específicas de interesse de alunos e professores e o desenvolvimento crítico do conteúdo, com o estímulo do saber e o diálogo entre eixos temáticos e componentes curriculares. “Assim, há um grupo de educadores que planejam e executam ações que promovem a sustentabilidade ambiental”, explica Sandra. Ela considera os resultados significativos. “A comunidade escolar está mais informada, conscientizada, engajada e aberta a novas propostas que promovam o desenvolvimento sustentável”, revela. Formada em letras, com cursos de especialização e aperfeiçoamento nas áreas de docência superior, gestão escolar e inclusão, Sandra atua em escolas de ensino fundamental da rede municipal de ensino há 29 anos.
Assim que ingressou na escola, a professora de artes Marta Trindade Cézar passou a fazer parte do Gesp Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Ela tem interesse no tema desde que era aluna do curso de licenciatura em desenho e artes plásticas. Segundo Marta, quase todas as disciplinas práticas enfatizam a importância de usar materiais recicláveis e respeitar o meio ambiente. Mas ela passou a ler mais e a se interessar efetivamente pelo assunto ao fazer pesquisa para a criação de um cenário, na disciplina de teatro. “Passei a defender a reciclagem, o não desperdício e a preservação da natureza”, revela a professora, que também exerce a função de articuladora comunitária do programa Mais Educação. “Desde então, tento participar de formações e eventos relacionados às questões ambientais.”
Entre as atividades desenvolvidas na escola, nessa área, Marta destaca a irrigação da horta com aspersores feitos com garrafas plásticas, o minhocário e a captação da água da chuva e seu armazenamento em reservatório, além do monitoramento de nascente de água. A confecção de sacolas ecológicas e embalagens para presentes, de bijuterias e brinquedos feitos com materiais recicláveis, a realização de mutirões de limpeza na escola, trabalhos artísticos com elementos da natureza como matéria-prima estão entre outras iniciativas desenvolvidas na instituição de ensino.
“Essas ações não são individuais; são o esforço coletivo de uma equipe que está sempre em busca de ideias capazes de contribuir para formar cidadãos engajados na defesa do meio ambiente”, destaca Marta. Entre os principais resultados obtidos ela cita o aumento do interesse dos alunos e a credibilidade que o trabalho da escola encontra por parte de outras instituições. A professora constata que a unidade de ensino está cada dia mais engajada em trabalhos de sustentabilidade.
Plantio — Outro professor que participa do Gesp sobre meio ambiente é Geraldo Magela Ferreira Campos. Graduado em educação artística, com especialização em arte na educação, ele dá aulas de artes no ensino fundamental e médio. Geraldo participou do plantio de 50 árvores em área da escola na qual as salas ficavam expostas ao sol durante longo período, causando desconforto a alunos e professores. A ação teve a participação de estudantes, pais, professores e membros da comunidade.
Segundo Geraldo, o cuidado com as árvores fez surgir a ideia de cultivar uma horta. “Isso demandou adubação, pois o solo era pobre”, lembrou. “Surgiu, então, o compostário, que fornece adubo à horta e às árvores.” A compostagem é feita a partir de cascas de frutas e legumes usados no preparo da merenda, restos de podas das árvores, folhas secas e doações de serragem e esterco.
O professor conta que os estudantes ficaram empolgados ao perceber que três árvores próximas à área adubada tinham crescimento mais vigoroso que as demais. Eles também constataram que parte das árvores crescia em ritmo lento por falta de água. Tiveram então a ideia de captar água da chuva para irrigação da horta. Para isso, criaram um sistema feito com garrafas plásticas. “O resultado é que, a partir de uma iniciativa simples, a escola tem hoje um sistema complexo de plantio, no qual as árvores convivem, em harmonia, com hortaliças e leguminosas”, destaca.
Na irrigação e na adubação são usados recursos que não geram impacto ou desperdício. “Como uma coisa puxa outra, agora temos também um galinheiro anexo a este espaço e, para um futuro próximo, muitos projetos e sonhos”, afirma o professor.
Fátima Schenini
domingo, 6 de maio de 2012
RUTH ESCOBAR - ATRIZ
Maria Ruth dos Santos Escobar (Campanhã, 31 de março de 1935[1]) é uma atriz e produtora cultural luso-brasileira.
Nascida em Portugal, nas proximidades do Porto, Maria Ruth dos Santos tornou-se Ruth Escobar, uma atriz de destaque e uma das mais importantes produtoras culturais do Brasil e notáveis personalidade do teatro brasileiro, empreendedora de muitos projetos culturais especialmente comprometidos com a vanguarda artística.
De origem pobre, aos 16 anos, em 1951, emigrou com sua mãe para o Brasil. Casou-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar, e juntos, em 1958, partiram para a França, onde Ruth fez cursos de interpretação. Ao retornar ao Brasil, montou companhia própria, a Novo Teatro, em parceria com o diretor Alberto D'Aversa. Protagonizou Antígone América, texto de seu marido, em 1962, após algumas experiências de palco, como Mãe Coragem e Seus Filhos, de Bertolt Brecht, em 1960, e Males da Juventude, de Ferdinand Bruckner, em 1961, ambas dirigidas por D'Aversa.
No mesmo ano que estreia Antígone América, seu casamento com Carlos Henrique Escobar se desfaz. Ao mesmo tempo começa a reunir recursos para financiamento do seu teatro .[2]
Em 1964, decide fazer teatro popular e adapta um ônibus, transformando-o em palco, para levar espetáculos à periferia de São Paulo - iniciativa que recebeu o nome de Teatro Popular Nacional. Por essa nova experiência teatral passaram Antônio Abujamra, que dirigiu A Pena e a Lei, de Ariano Suassuna e Silnei Siqueira, que encenou As Desgraças de uma Criança, de Martins Pena, entre outros. As atividades do Teatro Popular Nacional se encerraram em 1965.
Ainda em 1964, Ruth inaugurou seu próprio teatro, que recebeu o seu nome, situado no bairro da Bela Vista, na cidade de São Paulo. Separou-se do primeiro marido e casou-se com o arquiteto Wladimir Pereira Cardoso, que se tornou cenógrafo das produções da companhia. Entre outras, sãoi encenadas em seu teatro a A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, com direção de José Renato, 1964; O Casamento do Sr. Mississipi, de Dürrenmatt, dirigida por Jô Soares, 1965; As Fúrias de Rafael Alberti, outra encenação de Abujamra, em 1966; O Versátil Mr. Sloane, de Joe Orton, sob a direção de Antônio Ghigonetto, em 1967; e Lisístrata, de Aristófanes, encenação de Maurice Vaneau, em 1968.
Em 1968, com a vinda para o Brasil do diretor argentino Victor García, convidado para a montagem de Cemitério de Automóveis, adaptação do próprio Garcia para a obra de Fernando Arrabal, uma antiga garagem na Rua 13 de Maio foi totalmente remodelada. A encenação destacou Ruth Escobar como atriz e produtora. Seu prestígio aumentou, em 1969, com a produção de O Balcão, de Jean Genet, encenada por Victor Garcia, com cenografada por Wladimir Pereira Cardoso. A produção arrebatou todos os prêmios importantes do ano, e Ruth Escobar foi agraciada com o troféu Roquette Pinto para a personalidade do ano.[3]
Polêmicas sempre cercaram a atriz e produtora. Uma delas ocorreu em 1972, quando produziu Missa Leiga (de Chico de Assis; direção de Ademar Guerra, e foi proibida de utilizar a Igreja da Consolação como palco e montada numa fábrica; outra envolveu A Viagem, adaptação cênica feita por Carlos Queiroz Telles, para o poema Os Lusíadas de Luís de Camões, cuja estréia contou com a presença do primeiro ministro de Portugal, Marcelo Caetano.
Nos anos subsequentes, Ruth Escobar ficou à frente do Centro Latino-Americano de Criatividade, projeto abortado por falta de recursos, e centralizou no seu teatro importantes manifestações contra o regime militar, inclusive a fundação do Comitê da Anistia Internacional.
Com o 1º Festival Internacional de Teatro, em 1974, Ruth Escobar passou a apresentar periodicamente em São Paulo o melhor da produção cênica mundial. A cidade pôde conhecer, entre outros, o trabalho de Bob Wilson (Time and Life of Joseph Stalin, que a Censura obrigou a mudar para Time and Life of David Clark), a premiada montagem de Yerma, por Victor García, com Nuria Espert; além dos encenadores Andrei Serban e Jerzy Grotowski.
Em 1974, centralizou a produção para circuito internacional de Autos Sacramentales, outra encenação de Victor García baseada em Calderón de la Barca. Depois de estrear em Shiraz, no Irã, a realização teve êxito na Bienal de Veneza, em Londres e em Portugal.
Em 1976, outro projeto de fôlego - a Feira Brasileira de Opinião - reuniu textos dos mais destacados dramaturgos da época, mas foi interditado pela Censura, o que obrigou Ruth Escobar a arcar com os prejuízos da montagem em andamento.
No 2º Festival Internacional, de 1976, chegaram ao país o grupo catalão Els Joglars, com "Allias Serralonga"; os City Players, do Irã, com uma inusitada montagem de Calígula, de Albert Camus; a companhia Hamada Zenya Gekijo, do Japão; o grupo G. Belli, da Itália, com Pranzo di Famiglia, dirigida por Tinto Brass, entre outros.
Em 1977, Ruth Escobar resolveu voltar à cena. Para interpretar a exasperada Ilídia de A Torre de Babel, trouxe a São Paulo o autor Fernando Arrabal para dirigi-la.
Produziu A Revista do Henfil, de Henfil e Oswaldo Mendes, sob a direção de Ademar Guerra, em 1978. No ano seguinte, voltou à cena em Caixa de Cimento, encenação do argentino Juan Uviedo; ainda em 1979, produziu Fábrica de Chocolate, texto de Mário Prata que aborda a tortura.
Entre as grandes atrações do 3º Festival Internacional, em 1981, estavam o grupo norte-americano Mabu Mines; o belga Plan K; o La Cuadra, de Sevilha; além do uruguaio Galpón e do português A. Comuna.
Nos anos 1980, Ruth Escobar afastou-se parcialmente do teatro. Eleita deputada estadual para duas legislaturas, dedicou-se a projetos comunitários. Em 1994, voltou aos festivais internacionais, então mais discretos, porém ampliando sua abrangência ao trazer grupos de teatro, de dança, de formas animadas ou aqueles que uniam todas essas linguagens, como o Aboriginal Islander Dance Theatre, o Bread and Puppet, o Cricot 2, os Dervixes Dançantes. A quinta edição, de 1995, acentuou a forte tendência à diversificação ao trazer para o país a dança de Carlota Ikeda e o grupo japonês Dumb Type, o russo Levdodine com Gaudeamus, e Michell Picolli, entre outros. Em 1996, Phillipe Decoufflé; o grupo Dong Gong Xi Gong, de Taiwan; e Joseph Nadg foram os destaques da 6ª edição.
Em 1987, Ruth Escobar lançou "Maria Ruth - Uma Autobiografia", contando parte da sua trajetória, na qual a produção cultural se mescla, de modo indissolúvel, à sua atuação social, voltada sobretudo para o inconformismo com as regras estabelecidas.
Em 1990, retornou aos palcos, numa encenação de Gabriel Villela, de "Relações Perigosas", de Heiner Müller. Entre 1994 e 1997, voltou a produzir festivais internacionais, com o nome Festival Internacional de Artes Cênicas. Em 1998 recebeu, do governo francês, a condecoração da Legião de Honra.
Em 2000, Ruth foi diagnosticada com a doença de Alzheimer. Em 2001, criou uma versão de Os Lusíadas, de Camões, seu último trabalho nos palcos, como produtora.[4]
[editar]Carreira
Como intérprete
1959 - Festival Branco e Preto (também diretora)
1960 - Mãe Coragem
1961 - Os Males da Juventude
1962 - Antígone América
1964 - A Ópera dos Três Vinténs
1964 - A Farsa do Mestre Patelin
1964 - As Desgraças de uma Criança
1965 - Soraia Posto 2
1965 - Histórias do Brasil
1965 - O Casamento do Senhor Mississipi
1966 - As Fúrias
1966 - Os Trinta Milhões do Americano
1967 - O Estranho Casal
1967 - O Versátil Mr. Sloane
1968 - Roda Viva
1968 - Cemitério de Automóveis
1968 - Lisístrata
1968 - Os Sete Gatinhos
1969 - O Balcão
1969 - Romeu e Julieta
1969 - Os Monstros
1971 - Os Dois Cavaleiros de Verona
1972 - A Massagem
1974 - Capoeiras da Bahia
1974 - Festival Internacional de Teatro, 1.
1976 - Festival Internacional de Teatro, 2.
1977 - Torre de Babel
1978 - Revista do Henfil
1979 - Fábrica de Chocolate
1979 - Caixa de Cimento
1981 - Festival Internacional de Teatro, 3.
1982 - Irmã Maria Ignácio Explica Tudo
1989 - Relações Perigosas
1994 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 4.
1995 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 5.
1996 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 6.
1997 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 7.
1999 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 8.
Como produtora
1959 - Festival Branco e Preto
1960 - Antígone América
1964 - A Pena e a Lei
1964 - A Ópera dos Três Vinténs
1964 - As Desgraças de uma Criança
1966 - As Fúrias
1967 - O Estranho Casal
1967 - O Versátil Mr. Sloane
1968 - Cemitério de Automóveis
1968 - Os Sete Gatinhos
1968 - Roda Viva
1969 - O Balcão
1969 - Romeu e Julieta
1969 - Os Monstros
1970 - Cemitério de Automóveis
1972 - Missa Leiga
1972 - A Massagem
1972 - A Viagem
1973 - Missa Leiga
1974 - Autos Sacramentais
1974 - Capoeiras da Bahia
1974 - Festival Internacional de Teatro, 1.
1976 - Festival Internacional de Teatro, 2.
1978 - Revista do Henfil
1979 - Fábrica de Chocolate
1979 - Caixa de Cimento
1981 - Festival Internacional de Teatro, 3.
1982 - Irmã Maria Ignácio Explica Tudo
1989 - Relações Perigosas
1994 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 4.
1995 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 5.
1996 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 6.
1997 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 7.
1999 - Festival Internacional de Artes Cênicas, 8.
2001 - Os Lusíadas
sexta-feira, 4 de maio de 2012
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Desde que participou de um curso de capacitação de professores mediadores em educação ambiental, promovido pela Secretaria de Educação de Mato Grosso, em 2005, Sérgio Chaves não parou mais de idealizar ações. Em todas elas, o objetivo é estimular a preocupação com o meio ambiente entre alunos, professores e pessoas da comunidade.
Professor de educação física da rede estadual de ensino em Cuiabá, Sérgio começou o trabalho ambiental na Escola Estadual Historiador Rubens de Mendonça, que tinha como maiores problemas o excesso de lixo e a depredação do patrimônio. “Após um ano de projeto efetivo, as depredações acabaram e passou a sobrar dinheiro para investimento, por exemplo, em equipamento de multimídia e ar condicionado”, diz.
As iniciativas foram aumentando a cada ano. Ao constatar que o projeto era sério e dava visibilidade à escola, os demais professores passaram a se envolver e a ajudar nas atividades. A autoestima ficou visível na comunidade escolar. “Quando verificamos os resultados de um trabalho coletivo que dá certo, o moral fica elevado”, diz Sérgio. “E nos sentimos capazes de realizar.”
Uma das primeiras atividades foi a coleta de garrafas plásticas e latas de alumínio. Bem-sucedida, a iniciativa passou a ser adotada também na Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto, onde Sérgio trabalha atualmente. O trabalho é organizado em forma de gincana, com dias e horas estipulados para a coleta. Os resultados obtidos são descritos em um quadro informativo, após a contagem do material, feita com a ajuda dos professores.
As turmas que se destacam têm direito a participar de passeios ou aulas de campo. O material coletado é vendido pelos alunos. A verba acumulada é administrada por uma comissão de estudantes e gasta somente pelos alunos. “A escola não tem ingerência sobre o dinheiro”, explica o professor.
Oficina — Outra atividade é a oficina de reaproveitamento. “Ao fazer artesanato com resíduos sólidos estamos diminuindo o lixo no meio ambiente, transformando-o em objetos úteis e artísticos, de forma criativa e divertida”, assegura Sérgio. Individualmente ou em pequenos grupos, os professores são incentivados a desenvolver oficina com os estudantes, que juntam antecipadamente o material a ser usado. Posteriormente, os trabalhos produzidos são expostos à comunidade e até mesmo comercializados.
Um exemplo é a oficina de vassouras feitas com garrafas plásticas. Ela foi criada por dois professores da Escola Rubens de Mendonça a partir de informações obtidas na internet. Uma vassoura é feita com 17 garrafas plásticas cortadas em tiras, sem necessidade de máquinas ou equipamentos sofisticados. Após a colocação de um cabo, preso com arames e pregos, a vassoura está pronta. Ela é apreciada pelas mães dos alunos. “São muito úteis e resistentes”, salienta o professor.
Sérgio também organiza palestras, conferências e campanhas educativas. No ano passado, para as comemorações do Dia da Árvore, em 21 de setembro, ele promoveu o plantio de ipês, espécies nativas da região, em todo o quarteirão que circunda a escola em que leciona. A atividade foi realizada em forma de mutirão, por professores e alunos, durante evento festivo, que teve a apresentação da fanfarra da unidade de ensino.
Ainda para este ano, está prevista a criação da Comissão pelo Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), composta por alunos, professores, e funcionários da escola, além de representantes da comunidade. De acordo com o professor, embora cada pessoa tenha o próprio conceito ou visão sobre determinado assunto, as ações dentro e fora da escola devem ser unificadas, em benefício da sustentabilidade no planeta. “Consequentemente, teremos uma melhor qualidade de vida para nós e para os nossos descendentes.”
Fátima Schenini
terça-feira, 1 de maio de 2012
Instituto federal implanta curso para adestradores de cães-guia
O campus de Camboriú do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense vai oferecer, a partir do segundo semestre, os primeiros cursos técnicos de treinador e de instrutor de cão-guia na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. As obras do centro de formação, que servirá de projeto-piloto para iniciativas semelhantes, devem estar concluídas na metade do ano.
O cão-guia é adestrado para acompanhar deficientes visuais. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 45 milhões de pessoas apresentam algum tipo de deficiência. Destas, 528.624 têm deficiência visual e outros seis milhões, baixa visão.
Os cursos, com 1.440 horas de aula cada um, foram aprovados recentemente pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e constarão da próxima edição do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, prevista para este ano. O treinador é responsável por ensinar e adestrar o cão. O instrutor cuida da adaptação e da formação de dupla entre o deficiente visual e o animal, conforme as características físicas e comportamentais de ambos.
No primeiro ano de funcionamento do curso, serão oferecidas cinco vagas no período diurno e em tempo integral, no campus. A quantidade de alunos toma como base o número de cães necessários para o treinamento — o aproveitamento deve ser de no mínimo seis cães treinados por estudante ao longo do curso.
A escassez de fornecedores de filhotes adequados leva à limitação do número de vagas. A coordenadora da implantação do centro em Camboriú, Márcia Souza, professora do Instituto Federal Catarinense, explica que serão necessários pelo menos 30 cães para o início dos trabalhos. “No Brasil, as melhores raças para trabalhar são golden retriever e labrador”, diz Márcia. “São animais que não têm aparência agressiva, nem provocam medo, além de serem muito inteligentes.”
Em razão da carga horária e da metodologia de trabalho, os estudantes ficarão hospedados nas dependências do próprio centro. “Os alunos residirão no centro durante um ano, pois têm de acompanhar os cães a serem treinados”, explica Márcia.
Adaptação — Durante a fase de formação de duplas, os deficientes visuais candidatos a receber um cão-guia serão recebidos no instituto federal para adaptação e instrução. A entrega dos cães seguirá padrões nacionais e internacionais de comodato — empréstimo gratuito de algo a ser restituído no tempo convencionado pelas partes —, com base nos direitos e deveres envolvidos na parceria.
O centro de treinamento, com 1.750 metros quadrados, contará com salas de aula, miniauditório, alojamentos para alunos e pessoas com deficiência visual, canil e clínica veterinária, entre outras instalações.
Assessoria de Comunicação Social, com informações do Instituto Federal Catarinense
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